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Poder e Criatividade no Desenvolvimento de Talentos e Valores Individuais

“É preciso esquecer a teoria e deixar de intelectualizar os sentimentos”
Leopoldo Vieira

Estamos vivendo um tempo em que a velocidade das transformações exige uma disponibilidade pessoal com características proativas que facilitem o processo de criação, de descobertas e integração de novas condutas, valores, atitudes, formas de trabalho e de gerir pessoas ou situações.
Nesta ótica não se pode mais aceitar ou estimular um mundo cheio de controles, normas, repressões e regras onde o talento, o prazer e a criatividade são banidos para o mais profundo dos poços, em nome da ordem organizacional.
Faz-se necessário escapar da mesmice, inovar, sair de repetição, soltar as amarras para sentir-se comprometido sob outros prismas tais como sentimento de inteireza, autenticidade, auto-respeito, afetividade, responsabilidade, conhecimentos e informação.
Segundo alguns estudiosos, para que a criatividade seja expandida, fomentada e explorada é preciso antes de tudo de ambientes inteligentes. Organizações com posturas questionadoras, que dão liberdade de pensamento e de ação a seus empregados estão formando profissionais criativos e ativos.
Para tanto não podemos deixar de ressaltar um ponto, que sob a ótica da Psicomotricidade Relacional, está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento de talentos e o despertar da atividade criadora: O Poder Pessoal.
Em geral as pessoas vão ao longo do desenvolvimento e estruturação de suas personalidades, estabelecendo modalidades de relação pautadas nas primeiras relações, principalmente aquelas com as figuras parentais (de pai e mãe). Estes primeiros registros ficam marcados em sua estrutura interna, direcionando e modelando atitudes, forma de sentir, pensar e agir nas situações atuais.
Somam-se a estes registros, valores culturais que estimulam, sobretudo, os aspectos voltados para a necessidade de “ter”: Ter mais conhecimentos, ter mais bens materiais, ter mais status, ter mais poder, mais e mais… Não é por acaso que as pessoas vivem num eterno estado de estresse que acaba expressando-se por meio de doenças psicossomáticas.
Neste percurso são esquecidos valores direcionados para as possibilidades se “SER”, relacionados com sentimentos, emoções e criatividade, onde está amparada a nossa sabedoria interna e que nos projeta como seres autênticos, transparentes, realizadores, ousados e inovadores.
Uma batalha interna, pessoal, se descortina dia após dia, expondo a insegurança das pessoas perante o futuro: por um lado, expressam a necessidade de se atualizar, corresponder às exigências globalizantes de hoje, tendo que se submeter e aceitar regras impostas, procurando desenvolver os atributos e qualidades mais realçados e solicitados. Por outro lado, o desafio de se apropriar do poder de expressar todo o seu potencial, de se mostrar com características que são só suas, e que algumas vezes, não correspondem com o que está sendo exigido.
Neste turbilhão de exigências as pessoas se distanciam cada vez mais de sua própria essência, de sua referência, da sua capacidade singular de ser, de se identificar, eleger, analisar e solucionar problemas.
Desta maneira, podemos observar indivíduos exercendo cargos de poder, cheios de informação e conhecimentos a nível intelectual sobre as mais novas e eficazes estratégias para melhor desempenhar sua função, porém seus níveis de resiliência, de desenvolvimento pessoal, de equilíbrio interno, não estão disponíveis para fazer atuar aquilo que teoricamente conhecem.
Este fato cria espaços favoráveis ao conflito tanto em nível intrapessoal como interpessoal, que por sua vez estão completamente vinculados ao impedimento do desenvolvimento de talentos, de atitudes empreendedoras e ousadas, de iniciativa, autonomia e responsabilidade.
Em Psicomotricidade Relacional estimulamos o jogo espontâneo, o sentir e viver o prazer de criar no ato mesmo de fazer acontecer. É para nós muito importante que se abra um espaço em nossas vidas em que nos sintamos encorajados a nos permitir olhar para além do dia a dia, do tradicional, dos papéis sociais, deixar cair nossas máscaras. Reservar um tempo para num espaço protegido e longe das pressões sociais, permitir que relações sejam reaprendidas ou ressignificadas através de uma comunicação infraverbal. Assim acreditamos estar propiciando um crescimento progressivo em termos da utilização positiva do Poder pessoal que cada um carrega, fazendo com que o encontro de pessoa para pessoa aconteça com um forte sentimento de comprometimento e sinergia, desencadeando atitudes essencialmente criativas.
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